O que é?
Os lábios e o céu da boca (palato) surgem no embrião como estruturas separadas, que se unem até a 12ª semana de gestação. Quando a união não ocorre, temos as fissuras no lábio e no palato. Um nome popular e mais conhecido é “lábio leporino”.
Complicações
Dificuldade na alimentação e na respiração, alterações na arcada dentária, comprometimento do crescimento facial, prejuízo no desenvolvimento da fala e da audição, prejuízos psicológicos decorrentes de discriminação.
Causas
Não existe uma maneira simples de determinar a causa, e a origem é considerada multifatorial, com interação entre aspectos genéticos e ambientais. Desses últimos, os principais são bebida alcoólica, cigarros e medicamentos como corticoides e anticonvulsivos, sobretudo se utilizados no primeiro trimestre da gestação.
Diagnóstico
Pode ser feito no período pré-natal, com exames de imagem.
Tratamento
A fonoaudiologia começa a atuar logo após o nascimento, auxiliando na amamentação. Também realiza acompanhamento do desenvolvimento da fala, tratando dificuldades fonoarticulatórias decorrentes da fissura.
A reabilitação envolve equipe interdisciplinar, composta por profissionais da cirurgia plástica, fonoaudiologia e odontologia, podendo incluir outros. Uma avaliação individualizada é necessária para decidir as condutas terapêuticas apropriadas ao caso.
Dentre os fatores que influem na abordagem individual estão o crescimento craniofacial e a maturidade fisiológica do paciente. O tratamento pode levar de 16 a 20 anos.
É muito importante que o paciente receba o tratamento imediatamente, e que ele continue pelo tempo que for necessário.